quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Ugam chama população para debater o Transporte Urbano

A União das Associações de Moradores de Guarapuava (UGAM) convocou uma reunião geral entre as entidades associadas e outras lideranças comunitárias para debater o transporte coletivo. O encontro acontece nesta quinta-feira, às 19 horas, data em que o Brasil inteiro registra o Dia Nacional do Aumento do Transporte Coletivo. Em Guarapuava, será na sala Sindicato dos Contabilistas de Guarapuava (Sincopuava), na Avenida Manoel Ribas, 1.044, próximo ao Parque de Exposições Lacerda Werneck.
O presidente da UGAM, Jacir Queirós, adiantou que a reunião não é apenas para marcar o dia do movimento nacional. Além de protestar contra o recente aumento, autorizado pelo prefeito Fernando Ribas Carli, que elevou a tarifa a R$ 2,50, o objetivo é estabelecer um calendário para discutir o sistema como um todo. “Guarapuava está entre as tarifas mais caras do Brasil e a qualidade do serviço é questionável”, resume Queirós.
TARIFA DE GUARAPUAVA É IGUAL
A DE CURITIBA, RIO E SALVADOR

Num comparativo de tarifas divulgado pela UGAM, o preço da passagem de Guarapuava é o mesmo praticado em Curitiba e pouco abaixo do de São Paulo (lá é R$ 3,00), a maior capital da América Latina. Segundo Jacir Queirós, as “lotações” em Guarapuava não percorrem a mesma quilometragem que Curitiba, cidade-sede dos “Ligeirinhos”. Em Curitiba, salienta o dirigente, “a tarifa aos domingos é de R$ 1,00, tem os ‘madrugueiros’ e integração com a Região Metropolitana”, condições que, a seu ver, tornam “inexplicável” a tarifa de Guarapuava.
O preço dos ônibus urbanos em Guarapuava é o mesmo que o do Rio de Janeiro e Salvador, duas outras capitais de grande porte.
A principal questão levantada pela União das Associações de Moradores é que o transporte urbano é uma concessão pública – coordenada e sistematizada pela Prefeitura Municipal – e nunca foi devidamente analisada pela população. A UGAM pretende convocar a Câmara Municipal a se pronunciar sobre o tema e ouvir os próprios usuários para formatar uma proposta alternativa ao modelo vigente até agora.
“Não queremos medidas de última hora. A população nunca foi consultada, mas agora vai se pronunciar, por vontade própria, pois é ela quem mantém o sistema e paga o alto preço do serviço” – avisou Jacir Queirós.

Nenhum comentário:

Postar um comentário