Pequenos produtores rurais que moram no entorno do Rio das Pedras na localidade de Colônia Municipal no Guabiroba em Guarapuava padecem com a queda de uma ponte sobre o rio. Sem condições de travessia não conseguem escoar a produção leiteira, hortifrutigranjeiros, milho, feijão, suínos. Crianças que moram no entorno e que estudam nas escolas Alcindo Pacheco, Rui Barboza e Ana Vanda Bassara também estão sendo prejudicados. “A ponte rodou no dia 31 de julho. Por ter sido construída há muito tempo já tinha sido remendada há seis meses, mas não adiantou nada. A chuva veio e derrubou tudo”, diz o produtor Acir Vier, que mora na Colônia Municipal há 25 anos. Para não prejudicar os filhos e o seu próprio negócio há quatro anos construiu uma casa no outro lado do rio, mas mantém a chácara na outra margem.
Para poder atravessar o rio diariamente ele comprou um bote. E é com esse meio que Acir atravessa as 20 famílias que moram no lado de lá do Rio das Pedras.
“Eu começo a fazer a travessia às 6 horas da manhã e só termino às 11 horas da noite. As pessoas me chamam e não tem como não < Existem pessoas que precisam de remédio. Tem um rapaz que sofreu acidente e precisa de fisioterapia. Há muitas crianças que precisam ir à escola”, diz.
De acordo com o morador, funcionários da Secretaria Municipal de Obras já estiveram no local e disseram que a prioridade era de uma outra comunidade onde também uma ponte caiu. “Nos disseram que voltariam para arrumar dali 45 dias. Agora já subiu para 60. Então não sabemos até quando vamos ficar nesta situação”, diz.
Com a demora na reconstrução da ponte os moradores tem outra preocupação. “O meu bote é velho e não oferece muita segurança. Daqui uns dias não vou ter mais condições de ajudar os outros moradores e aí não sei que vamos fazer.”
Além dessa situação, a estrada que separa a comunidade da área urbana em cerca de cinco quilômetros é precária. O caminho é tortuoso e cheio de erosão. Se para descer a serra é preciso muito cuidado, para subir a atenção e os cuidados com o veículo precisam ser redobrados. “Estamos aqui abandonados. Não temos manutenção de nada”, reclama o morador.
Fonte: Rede Sul de Notícias
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