Marginal na BR-277: pó, pedra e lama aos empresários e à comunidade

da:RSN

Paralisada desde dezembro de 2010, marginal gera indignação pelo descaso



Marginal BR 277



O abandono da construção da marginal na BR-277, em Guarapuava, está gerando indignação na classe empresarial e na comunidade do município devido o descaso com o qual a administração municipal vem tratando a obra. Iniciada às vésperas da eleição estadual, em 2010, a obra foi paralisada em dezembro do mesmo ano. Os acessos construídos às empresas e indústrias instaladas no local e que utilizam a marginal como meio de escoamento da produção e recebimento de matéria-prima, são estreitos e exigem muita atenção e perícia dos motoristas.

Acidentes

Empresários temem que a precariedade dos acessos laterais feitos de forma provisória acabem causando acidentes no local. De acordo com o empresário Albino Szychta, o local movimenta caminhões com carga pesada e o péssimo estado da obra abandonada também está fazendo com que os clientes das empresas ali instaladas procurem os concorrentes. “Pela dificuldade de acesso e pela sujeira que a marginal apresenta, estamos perdendo clientes, pois eles buscam a concorrência, que pode oferecer um local melhor para atendê-los”, afirma Albino.

Segundo o empresário, a situação se agrava em dias de chuva. “Por aqui circulam veículos pesados. São caminhões com 50 ou 60 toneladas. Essa obra abandona não suporta esse movimento constante. Vale deixar o alerta que esta obra abandonada pode causar acidentes no local”, enfatiza Albino.

Falta transparência

Os vereadores Eva Scharan (PHS) e Thiago Córdova (PPS), são unânimes em afirmar que falta transparência por parte do governo municipal junto à comunidade com relação ao abandono da obra. “As pessoas nos perguntam o por quê do abandono da obra da marginal e nós não sabemos o que informar. A obra é muito importante para os empresários e para os moradores daquela região do município. É mais um descaso com dinheiro público na nossa cidade”, enfatiza a vereadora.

Na avaliação do vereador Thiago Córdova, o abandono da obra é num caso para ser encaminhado ao Ministério Público. “Se a mobilização da comunidade e dos empresários e a real necessidade que a finalização da construção da marginal representa para o município não são fatos suficientes para a obra tenha prosseguimento, é necessária a intervenção do Ministério Público”, afirma Thiago.